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segunda-feira, 30 de julho de 2012

Efeitos da austeridade nos transportes públicos

Volvido o primeiro semestre de 2012, começam a surgir os números que falam pelos resultados das medidas de austeridade.... Ao que parece tiveram um perverso efeito contrário àquele que os senhores do poderio esperavam: com os aumentos de impostos e preços o consumo diminuiu e com ele a receita extraordinária esperada (digamos que só os senhores que impuseram os aumentos esperavam mais receita, o resto do mundo sempre achou que o consumo iria retrair, mas eles não quiseram saber).


Uma prova irrefutável desse facto é a redução do número de utilizadores de todos os transportes, sem exceção, a quebra é gigante e assustadora. Fiz um apanhado das quebras nos primeiros 6 meses do ano:


Carris: menos 25 milhões de passageiros (perdeu 21% dos seus passageiros , face aos primeiros seis meses de 2011) e registou prejuízos de 28 milhões de euros.


CP – Comboios de Portugal: perdeu mais de seis milhões de passageiros (em comparação com o mesmo período de 2011), uma quebra de 10%.


 Metro do Porto: menos 2,47% que no primeiro semestre de 2011, que se cifra num total de 719 mil passageiros; 

Metro de Lisboa: perdia até final de Março 55 mil utilizadores por dia, quebra de 15%, o que dá 9,9 milhões num semestre;

Grupo Transtejo (Soflusa e Transtejo): perdeu10% dos passageiros em 2012,  no total de todas as ligações há menos um milhão de viagens efetuadas.

Cá para mim acho que para compensar estas reduções enormes de passageiros, o melhor a fazer era aumentar um bocado mais o preço dos transportes, hummm, parece-me uma excelente ideia!

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